Humanos e humanóides
O que mudou nesse
entardecer?
O horário de verão?
A temperatura?
O ar condensado e peculiar
do interior?
Ou o fantástico mundo das
emoções ?
As intenções da inteligência
animal dos homens ainda são as mesmas
Sua rudimentar forma de se
mover reveladora de cansaço, estresse e intermináveis momentos de solidão
também continuam.
A beleza supri a necessidade
da ausência do si mesmo.
A rotina equilibra, ao menos
tenta, enganar o não enganado medo da solidão.
De repente um flash diante
do latejante marasmo, aí vem o sonho...
As eternas utopias
antropófagas, “existenciais”; regimentais, regularizadas; calcificadas e
esgotadas.
Quem são esses humanóides
aterrorizados por miseráveis misérias condicionadas?
Familiarizados entre amigos.
Irmandade da crueldade
Delirantes, impulsionados
pelo Ego de Freud, o tão superego freudiano
supervalorizado,
superfaturado, economicamente agoniado e agonizante.
Que agonize e morra pelo
tédio que criara. É, quando se inventa teorias, faz nascer facções, dogmas,
redundância, reduzindo tudo também que é meu e seu: O nosso.
Aí, - vem a Arte!
Que venha! E se faça
presente.
Que confunda com tudo
Que não tenha medo de morrer
como a ciência. Pobre ciência. Que vive as nossas custas. Leva até nossa fé.
Retira- nos da esperança,
maquiavélica, surpreende-nos com
a realidade, trajando-se de boa moça. -Cala tua boca! Retira tua morada. Faz-se
de santa. -E o que mais compactua? com as provas, com a razão e a suposta moral. – ... A pequena
moral de alguns, patriarcas, monopolizadores, tradicionalistas, facções,
naturalistas, estadistas, oligárquicos, separatistas, burrocratas, burgos,
burros, turcos e tantas espécies nunca extinta no mundo animal!”
E o que você, os
passarinhos, a ervas, as gotas de orvalho, o prazer, e eu, o coração, o mato molhado, o ventre, o
espermatozóide tem a ver com isso? Nada!!
Superego
moral vence o ego...imoral. Pequeno, nada nobre, imperceptível, fraco,
desorganizado.
O mundo dos outros supera ao seu
A fertilidade venceu o
super-hérói espermatozóide e ao sensível óvulo maduro!
A candura ficou preza à
dureza e a tristeza também à frieza!
Familiarize-se com isso!
Não
sejas livre!
Não
grite!
Não
ultrapasse!
-Apenas trabalhe.
E o
único refúgio ainda é o amor. Aquele chato! O da angústia! – O feito da
angústia? É aquele, coitadinho... tão incapaz, mas tão necessário... e
presente.
Está
feito o blefe perfeito...!!
A manutenção
da vida, das espécies, daquelas ainda que vivem!! Os humanóides vivem. “Sem
essa de sobreviventes que isso é para os fracos”.
21-11-2006
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